Daimonomicon: Difference between revisions
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'''Daimonomicon''' é o conjunto dos principais livros do [[Sistema Daemon]], constituindo a sua espinha dorsal: [[Anjos]], [[Demônios]], [[Spiritum - O Reino dos Mortos|Spiritum]], [[Trevas]] e [[Vampiros Mitológicos|Vampiros]]. Juntos eles estão para Daemon como a Torá está para a Tanakh, ou o Pentateuco para a Bíblia. Todos os três contando cinco livros. | '''Daimonomicon''' é o conjunto dos principais livros do [[Sistema Daemon]], constituindo a sua espinha dorsal: [[Anjos]], [[Demônios]], [[Spiritum - O Reino dos Mortos|Spiritum]], [[Trevas]] e [[Vampiros Mitológicos|Vampiros]]. Juntos eles estão para Daemon como a Torá está para a Tanakh, ou o Pentateuco para a Bíblia. Todos os três contando cinco livros. | ||
A ideia desse título nasceu quando [[Marcelo Del Debbio]] se referiu à esses livros como "os cinco básicos": | |||
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{{Citação|''Minha vontade oficial é que o Daemon 4ª Edição seja uma Wiki de Referência e ser testado no digital apenas. Se funcionar 100% e estiver mesmo azeitado, ano que vem faremos um Trevas 5e.'' | {{Citação|''Minha vontade oficial é que o Daemon 4ª Edição seja uma Wiki de Referência e ser testado no digital apenas. Se funcionar 100% e estiver mesmo azeitado, ano que vem faremos um Trevas 5e.'' | ||
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O nome Daimonomicon ( | O nome Daimonomicon (δαίμωνόμοςεικών, translit. daímōnómoseikón) foi concebido por analogia ao [[Necronomicon]], sendo a junção de três palavras do grego antigo: δαίμων (daímōn), νόμος (nómos) e εικών (eikón). | ||
''Daímōn'' em grego, ou ''daemon'' em latim, eram divindades menores, espíritos ou forças da natureza. Para os gregos helenísticos eram espíritos protetores ou divindades tutelares. Na ''Apologia de Sócrates'', escrita por Platão, Sócrates afirmava ter um ''daimonion'' (traduzido literalmente como "algo divino") que frequentemente o advertia — na forma de uma "voz" — contra erros, mas nunca lhe dizia o que fazer. Os gregos helenísticos dividiram os "demônios" em duas categorias, os bons e os maus: ''agathodaímōn'' (ἀγαθοδαίμων "espírito nobre", de agathós ἀγαθός "bom, bravo, nobre, moral, sortudo, útil") e ''kakodaímōn'' (κακοδαίμων "espírito malevolente", de kakós κακός "mau"). Eles se assemelhavam ao ''jinni'' dos árabes e ao ''gênio'' que, entre os romanos, acompanhava e protegia uma pessoa ou presidia um lugar (''genius loci''). E, em seus humildes esforços para ajudar a mediar a boa e a má sorte da vida humana, também se assemelhavam ao anjo da guarda cristão e ao demônio adversário, respectivamente. O que acabou por impregnar o conceito com uma negatividade que ele não possuía originalmente. | ''Daímōn'' em grego, ou ''daemon'' em latim, eram divindades menores, espíritos ou forças da natureza. Para os gregos helenísticos eram espíritos protetores ou divindades tutelares. Na ''Apologia de Sócrates'', escrita por Platão, Sócrates afirmava ter um ''daimonion'' (traduzido literalmente como "algo divino") que frequentemente o advertia — na forma de uma "voz" — contra erros, mas nunca lhe dizia o que fazer. Os gregos helenísticos dividiram os "demônios" em duas categorias, os bons e os maus: ''agathodaímōn'' (ἀγαθοδαίμων "espírito nobre", de agathós ἀγαθός "bom, bravo, nobre, moral, sortudo, útil") e ''kakodaímōn'' (κακοδαίμων "espírito malevolente", de kakós κακός "mau"). Eles se assemelhavam ao ''jinni'' dos árabes e ao ''gênio'' que, entre os romanos, acompanhava e protegia uma pessoa ou presidia um lugar (''genius loci''). E, em seus humildes esforços para ajudar a mediar a boa e a má sorte da vida humana, também se assemelhavam ao anjo da guarda cristão e ao demônio adversário, respectivamente. O que acabou por impregnar o conceito com uma negatividade que ele não possuía originalmente. | ||
<blockquote>''O Sistema Daemon adotou a acepção grega: esses espíritos, alguns bons, outros maus, que nos rodeiam e nos assombram. O vocábulo foi escolhido para fazer referência ao gênero de histórias de RPG as quais o sistema, em suas raízes, se propunha a narrar: sobre o mundo oculto, feitiçaria, anjos, demônios, fantasmas, magos, vampiros, criaturas sobrenaturais extraordinárias, histórias contadas ao redor da fogueira e que às vezes nos fazem perder o sono.''</blockquote> | |||
''Nómos'' em grego, significa lei, regra, jurisdição (local onde vigora uma lei) e, por extensão, um distrito ou província administrativa. As 42 províncias do Antigo Egito eram chamadas em hieróglifo de "sepate" (''sepat''), e foram traduzidas em grego como ''nómos''. Num sentido mais amplo, ''nómos'' é um sistema jurídico, porque sistema é um conjunto de elementos interligados sobre um mesmo assunto. Ou seja, um apanhado de regras. | |||
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<blockquote>''Como mera curiosidade, e sem relação com o jogo, Nomos também era o daemon das leis, estatutos e normas. Nomos era casado com Eusébia, daemon da piedade, e juntos deram à luz a filha Diceosine, daemon da justiça natural. Interpretando: a lei quando aplicada com piedade faz nascer a justiça.''</blockquote> | |||
''Eikón'' em grego, significa ícone sacro, mas também imagem, ilustração, desenho ou tablatura (partitura). Num sentido amplo, pode significar "escrita", porque a escrita não é nada além de desenhos sobre papel. Embora, para os antigos, era também sagrada, como os hieróglifos egípcios: "glifos sagrados". | ''Eikón'' em grego, significa ícone sacro, mas também imagem, ilustração, desenho ou tablatura (partitura). Num sentido amplo, pode significar "escrita", porque a escrita não é nada além de desenhos sobre papel. Embora, para os antigos, era também sagrada, como os hieróglifos egípcios: "glifos sagrados". | ||
Um conjunto de escritos é um livro. Um livro (eikón) de regras (nómos) é um manual. Então Daimonomicon pode ser traduzido como '''Manual do Sistema Daemon'''. | <div style="background-color: #F2F2CE; margin: 0; auto; padding: 7px; border-style: double;">Um conjunto de escritos é um livro. Um livro (''eikón'') de regras (''nómos'') é um manual. Então Daimonomicon pode ser traduzido como '''Manual do Sistema Daemon'''.</div></div> | ||
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Latest revision as of 09:59, 19 May 2024
Daimonomicon é o conjunto dos principais livros do Sistema Daemon, constituindo a sua espinha dorsal: Anjos, Demônios, Spiritum, Trevas e Vampiros. Juntos eles estão para Daemon como a Torá está para a Tanakh, ou o Pentateuco para a Bíblia. Todos os três contando cinco livros.
A ideia desse título nasceu quando Marcelo Del Debbio se referiu à esses livros como "os cinco básicos":
Minha vontade oficial é que o Daemon 4ª Edição seja uma Wiki de Referência e ser testado no digital apenas. Se funcionar 100% e estiver mesmo azeitado, ano que vem faremos um Trevas 5e. Com as regras organizadas, aí sim valeria uma capa dura com cenário atualizado juntando os 5 básicos em um (Trevas, Anjos, Demônios, Vampiros e Spiritum).
— Quinta Capa, 10 Mar. 2018
Etimologia
O nome Daimonomicon (δαίμωνόμοςεικών, translit. daímōnómoseikón) foi concebido por analogia ao Necronomicon, sendo a junção de três palavras do grego antigo: δαίμων (daímōn), νόμος (nómos) e εικών (eikón).
Daímōn em grego, ou daemon em latim, eram divindades menores, espíritos ou forças da natureza. Para os gregos helenísticos eram espíritos protetores ou divindades tutelares. Na Apologia de Sócrates, escrita por Platão, Sócrates afirmava ter um daimonion (traduzido literalmente como "algo divino") que frequentemente o advertia — na forma de uma "voz" — contra erros, mas nunca lhe dizia o que fazer. Os gregos helenísticos dividiram os "demônios" em duas categorias, os bons e os maus: agathodaímōn (ἀγαθοδαίμων "espírito nobre", de agathós ἀγαθός "bom, bravo, nobre, moral, sortudo, útil") e kakodaímōn (κακοδαίμων "espírito malevolente", de kakós κακός "mau"). Eles se assemelhavam ao jinni dos árabes e ao gênio que, entre os romanos, acompanhava e protegia uma pessoa ou presidia um lugar (genius loci). E, em seus humildes esforços para ajudar a mediar a boa e a má sorte da vida humana, também se assemelhavam ao anjo da guarda cristão e ao demônio adversário, respectivamente. O que acabou por impregnar o conceito com uma negatividade que ele não possuía originalmente.
O Sistema Daemon adotou a acepção grega: esses espíritos, alguns bons, outros maus, que nos rodeiam e nos assombram. O vocábulo foi escolhido para fazer referência ao gênero de histórias de RPG as quais o sistema, em suas raízes, se propunha a narrar: sobre o mundo oculto, feitiçaria, anjos, demônios, fantasmas, magos, vampiros, criaturas sobrenaturais extraordinárias, histórias contadas ao redor da fogueira e que às vezes nos fazem perder o sono.
Nómos em grego, significa lei, regra, jurisdição (local onde vigora uma lei) e, por extensão, um distrito ou província administrativa. As 42 províncias do Antigo Egito eram chamadas em hieróglifo de "sepate" (sepat), e foram traduzidas em grego como nómos. Num sentido mais amplo, nómos é um sistema jurídico, porque sistema é um conjunto de elementos interligados sobre um mesmo assunto. Ou seja, um apanhado de regras.
Como mera curiosidade, e sem relação com o jogo, Nomos também era o daemon das leis, estatutos e normas. Nomos era casado com Eusébia, daemon da piedade, e juntos deram à luz a filha Diceosine, daemon da justiça natural. Interpretando: a lei quando aplicada com piedade faz nascer a justiça.
Eikón em grego, significa ícone sacro, mas também imagem, ilustração, desenho ou tablatura (partitura). Num sentido amplo, pode significar "escrita", porque a escrita não é nada além de desenhos sobre papel. Embora, para os antigos, era também sagrada, como os hieróglifos egípcios: "glifos sagrados".
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