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| == Atlântida e a Colonização das Américas ==
| | [[File:liv-blt.jpg|200px|right]]O Projeto '''Brasil da Luz e das Trevas''' é um projeto desenvolvido pela [[Daemon Editora]] que visa criar cenários para as cidades brasileiras dentro do Mundo de Trevas. Inicialmente, o objetivo era publicar um livro com as cidades já adaptados ao cenário, mas a idéia foi abandonada devido aos vários custos inerentes à publicação de um livro. Atualmente o projeto está parado, mas o material produzido pode ser encontrado no site da editora e contatando-se membros do fórum. |
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| Sempre é dito que a história do Brasil é muito mais velha que Cabral, mas vocês não sabem quanto.
| | = História do Projeto = |
| Após a sucessão de eventos que pouco a pouco destruíram a civilização atlante, os membros desse povo se
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| espalharam por diversos cantos do oceano atlântico, influenciando, criando e destruindo povos conforme
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| pisavam nas terras que eles ousavam chamar de novos lares. Muitas dessas histórias foram relatadas por
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| homens ao longo das eras como Robert Howard e Platão, com suas devidas licenças poéticas. As Américas
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| foram as regiões mais visadas, afinal, Atlântida ficava no atual Triângulo das Bermudas, todavia a África e
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| Europa também receberam fortes influências desse povo.
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| As Américas não eram desabitadas. Povos oriundos principalmente da Ásia, incluindo descendentes
| | Inciado em 1999, o projeto sempre alimentado de forma comunitária e regionalizada. A primeira porque era a comunidade do Fórum que criava os cenários sob o aval da Daemon Editora, e a segunda, porque eram os próprios moradores de cada cidade que trabalhavam o cenário. Inicialmente foi cogitada a idéia de lançar um livro com o cenário das cidades, mas este plano não foi levado adiante. |
| de Mú e Lemúria, já haviam migrado para essas terras. Por muito tempo, criaturas da devastidão chamada | |
| Ark-a-num, na sua maioria arquimagos e clérigos dos deuses negros do Abismo, fugiram de seu mundo
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| rumo ao paraíso americano, antes da Terra se isolar do outro plano de existência permanentemente. Esse
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| ponto da história ocorreu especialmente no terceiro e segundo milênio a.C., mas tudo fica muito mais
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| interessante onze séculos antes da vinda do Nazareno. Remanescentes dos atlantes, entre eles um povo
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| denominado Tartéssios, habitavam regiões em torno do Mar Mediterrâneo, como o Estreito de Gibraltar, a
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| única saída para o oceano, a dois mil e quinhentos anos, mantendo intenso fluxo marítimo com as ilhas
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| centro-americanas, visitando o litoral brasileiro vez ou outra.
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| Aqueles que habitavam o estreito foram suplantados por povos ibéricos séculos mais tarde. Estes
| | Em 2001, o projeto “Brasil da Luz e Trevas” completa exatamente dois anos, com a publicação da primeira versão do BLT no formato PDF, com 78 páginas e mais de trinta cidades. Foi decidido que, como um projeto de cunho dinâmico, a melhor maneira de apresentá-lo aos jogadores do Sistema Daemon seria através da Internet, na forma de um netbook gratuito. |
| então foram contactados por navegantes e diplomatas fenícios para estabelecimento de diversas alianças
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| de mútua cooperação. Mais tarde, os Tartéssios também realizaram acordos semelhantes com o povo que
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| habitava a atual região do Líbano. Ao mesmo tempo, a cidade-estado fenícia Tiro alcançou total influência
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| sob as cidades e colônias de seu povo, o que no futuro repercutiu em mais recursos para explorações dos
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| mares. Com os acordos, não demorou muito para que os habitantes do Nordeste do Brasil vissem as naus
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| de Fenícia se aproximando das praias. Para tanto, eles utilizaram as correntes oceânicas que saem de | |
| Guiné em direção à América da Sul, muito conhecidas pelos Tartéssios e utilizada futuramente por Cabral.
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| Na mesma época, os Etruscos também visitavam a região. Mais conhecidos pelo seu papel no início
| | Com o tempo, o desenvolvimento do projeto parou, mas algumas cidades foram adaptadas, como o caso de Palmas e Belo Horizonte, ou tiveram o cenário melhorado, |
| da história de Roma, eles também navegaram até a foz do rio Amazonas, ainda que por um curto período.
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| Até hoje, a arte marajoara é o mais nítido legado desse povo no Brasil. Ao longo de um século, houve
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| diversas explorações do litoral sul-americano, em especial no Nordeste brasileiro, por parte dos fenícios.
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| Diversas colônias e benfeitorias foram criadas, muitas batizadas pela antiga tradição fenícia de alcunhar
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| várias de suas novas cidades de Tróia (Resultado da pequena vendeta entre fenícios e gregos, além do
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| apoio dado pelos primeiros aos troianos durante a Guerra de Tróia). A primeira cidade brasileira foi Tutóia
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| ou, no original, Tur-Tóia, trazendo também uma referência à cidade de Tur. | |
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| Nesse tempo, veio os primeiros contatos entre os seres que o homem não deveria conhecer do
| | = Organização = |
| Velho Mundo com as Américas, ainda que muito timidamente. Poucos séculos antes, havia sido aberto o
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| portal que ligava o coração da floresta amazônica com Paradísia, mais precisamente com o vilarejo de El
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| Dorado (nome dado pelos espanhóis), habitado pelos últimos remanescentes da raça humana que vivia na
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| Terra a mais de doze milênios. Este era até então o único contato daquelas terras com os seres do mundo
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| superior, mas em 1.008 a.C. foi assinado um acordo entre Hirã e Davi, respectivamente, soberanos de Tiro
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| e Judéia, para a exploração da Amazônia. Os anos que se seguiram foram testemunhas das visitas de
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| vários malaks, acompanhando o povo escolhido por Demiurgo.
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| A propósito, a Amazônia recebeu esse nome nessa época, com a vinda das amazonas. Elas
| | Desenvolvido de forma comunitária, o projeto não possui uma organização ou coordenadoria geral, sendo |
| vagaram pelo mundo após a destruição de sua pátria na África por uma catástrofe natural, visitando o Saara,
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| nas terras do atual Marrocos, Argélia, Líbia e, finalmente, Egito, aonde partiram para a Ásia até chegar em
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| território fenício. Após esse período, elas passaram por períodos mais pacíficos, mas a sede de sangue foi
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| mais forte em seus corações, apenas saciado quando elas passaram a pilhar e invadir diversos povos na
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| Ásia Menor. Também lutaram com fervor nas batalhas troianas. Após um período, elas se dispersaram e
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| cada grupo teve destinos distintos. Um deles foi o Brasil, com o devido patrocínio de Fenícia. Nas
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| proximidades de Manaus, fundaram numa ilhota escondida uma nova cidade, batizada de Faro. Mais tarde,
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| elas deram origem às Icamiabas, as índias guerreiras que viviam isoladas dos homens.
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| Os hebreus tiveram um papel muito maior que os outros povos até então descritos, salvo os
| | O Projeto BLT tende a se organizar de forma regional (cidades, estados e regiões) permitindo a compartimentação de diversos níveis de cenário. É preferível que jogadores de RPG radicados na região a ser adaptada estejam ligados de alguma forma à comunidade Daemon, para que possa haver troca de idéia sobre o aspecto qualitativo e quantitativo do cenário desenvolvido. |
| fenícios. Um ano para viajar e retornar, dois anos para arrancar dessa terra tudo o que pudesse ser levado
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| pelos navios. Por muito tempo essa foi a rotina dos exploradores de Davi e dos outros reis que governaram
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| a Judéia. Suas principais feitorias ficavam no Alto Amazonas, nas regiões dos rios Apirá, Paruassu, | |
| Tarchicha e Parumirim. O rio Solimões ou Solimão não tem este nome por acaso... As viagens ocorreram
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| durante o século X a.C e terminaram com a ascensão de um facínora chamado Chechonk.
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| Líder mercenário, ele arrasou uma longa dinastia egípcia e subiu ao poder dessa pátria, usando seu
| | = Cenário = |
| poder para afetar a Judéia ao instigar um homem denominado Jeroboão para criar uma revolução que
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| também destruísse o governo local. Roboão, filho de Salomão e neto de Davi, era o rei naquela era e viu sua
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| nação ser dividida em dois estados distintos e, logo depois, ser atacada e duramente pilhada pelos exércitos
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| de Chechonk. Com isto, as viagens hebraicas chegaram em seu episódio derradeiro. Boa parte do ouro do
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| Brasil foi enterrado nos túmulos de homens e mulheres do Egito. A sede deles pelo vil metal não terminou
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| com a devastação da Terra Prometida, eles desejavam mais, muito mais. Um acordo com os fenícios trouxe
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| os engenheiros e mineiros egípcios para a América do Sul, para trazer minerais preciosos para a sua pátria.
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| Eles chegaram por volta de 950 a.C., usando a mesma correnteza que todos os outros usavam para
| | == História do Brasil == |
| chegar nas Américas. Assim como eles, os fenícios, que mantinham diversas colônias ao longo da costa
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| nordestina, também queriam mais riquezas, mas o litoral não era o local mais prospero, assim eles entraram
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| no interior. Naquela época, as ilhas da América Central eram maiores, entre elas estava uma denominada
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| Caraíba, onde hoje está o mar de mesmo nome. Nesta região, e nas proximidades, estavam as sete nações
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| tupis, descendentes diretos dos atlantes, cujo nome significa filhos de Tupan. Suas terras estavam sofrendo
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| com graves problemas, os mesmos que ocorreram em Atlântida, então migraram pouco a pouco para a
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| costa norte da Venezuela. Os fenícios auxiliaram alguns grupos para chegar até o litoral brasileiro, usando
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| as suas belonaves, para servir como auxílio durante o desbravamento do interior selvagem.
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| Entre os primeiros a chegarem estavam os Tabajaras, depois foram seguidos pelos Tupinambás,
| | Veja o artigo principal [[História do Brasil]]. |
| que eram mais conhecidos pela termo pejorativo tupiniquim. Diferentemente dos outros povos que os
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| fenícios ajudaram a trazer para o país, os tupis não tinham para onde retornar. Todos os outros objetivavam
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| extrair o máximo de riquezas dessas terras e retornar à suas nações, mas os tupis não tinham escolha além
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| de ficar e viver nessas terras. Foram a escolha ideal para apoiar a exploração do interior brasileiro, com sua
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| força de trabalho e armas de guerra. Os primeiros foram levados para as proximidades de Tutóia, mas um
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| segundo grupo foi levado até a região que se começa em Belém e termina em São Luiz. De fato, eles
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| construíram uma estrada ao longo desse território, indo da foz do rio Pará até a foz do rio Mearim. Por via
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| fluvial e usando essa estrada em certos pontos, eles podiam sair do Nordeste e chegar até nas cordilheiras
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| peruanas, extraindo as riquezas ao longo do caminho.
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| A ilha de São Luiz era o ponto de partida, então fundaram diversas colônias e vilas nela e ao redor, a
| | [[Category:Cenário de Trevas]] |
| ponto que os europeus chegaram a encontrar 27 remanescentes dois mil e quinhentos anos depois. Sempre
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| contando com a proteção tupi, os fenícios atravessaram a Amazônia, usando os guaranis, os guerreiros do
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| povo tupi que ostentavam armas de bronze fenícias, e os engenheiros egípcios, que foram treinados para
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| extrair ouro e atuaram em diversas regiões da África e Ásia. Passaram-se os anos e após um regicídio, um
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| grande caos se instaurou em Tiro, a ponto de vários habitantes, incluindo a rainha viúva, fugirem para uma
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| colônia no noroeste africano, posteriormente batizada de Cartago. Em poucas décadas, os refugiados se
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| tornaram poderosos o suficiente para impedir o tráfego de navios indesejados pelo Estreito de Gibraltar, o
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| que impediu que os navegadores de Tiro continuassem a exploração do Brasil, como era durante o domínio
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| atlante setecentos anos antes.
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| De fato, o rei não chegou a ser morto, mas fugiu para o Brasil e ali instaurou a sua corte. Seu maior
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| propósito era preparar aquelas terras para a vinda do messias Maitréia, que somente nasceu no ano 2005
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| d.C., no Brasil. Ele dominou o litoral baiano até a costa paraense, enquanto seu filho, Yetbaal, cuidou da
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| região litorânea mais ao sul. De fato, o primogênito não era uma pessoa, mas dois irmãos gêmeos que eram
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| tratados como um só. O nome do rei, Badezir, deu origem ao nome Brasil, muito utilizado pelos árabes. Os
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| gêmeos morreram anos mais tarde, sendo mumificados e colocados na Pedra da Gávea, próxima à colônia
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| fenícia de Nish-Tao-Ram (Niterói). Badezir morreu de desgosto com a notícia anos mais tarde, sendo
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| também mumificado por seu sumo-sacerdote. Seu corpo está hoje onde se localiza Belém, na Amazônia.
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| Cartago voltou logo seus olhos para as antigas colônias no Atlântico, assim, em 810 a.C., eles
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| enviaram mais de trinta mil pessoas para o Golfo de Guiné, sob a liderança do general Hanon e ajuda de
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| outro povo com ascendência atlante, os Kerneos, que habitavam na costa do Senegal. Por inúmeras razões,
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| eles falharam miseravelmente. Sessenta anos depois, após uma reconciliação com Tiro, ambas as cidades
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| voltaram a explorar a região, incluindo o Brasil, aonde foram construídas várias colônias cartaginesas ao
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| longo de mais de meio milênio, até Alexandre Magno destruir e humilhar Tiro. Mais tarde, ele conquistou o
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| Egito e fez seu general Ptolomeu o governador. Este organizou uma expedição que chegou ao Brasil, mais
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| precisamente à foz do rio São Francisco, de onde partiu para o rio da Prata e entrou no continente, onde
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| foram atacados e mortos por cartagineses. Os gregos-egípcios nunca mais retornariam ao Brasil, pois ele
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| não interessou Ptolomeu, que passou a ser regente das terras egípcias após a morte de Alexandre Magno.
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| Com a queda de Tiro por volta de 350 a.C., Cartago reinou soberana no território brasileiro até seu
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| fim, pelas mãos romanas em 147 a.C. Já sofrendo de grande desgaste durante as Guerras Púnicas, a elite
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| de Cartago tentou se refugiar décadas antes da destruição de sua cidade nas ilhas Macárias (hoje,
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| Canárias), a salvo dos romanos que não possuíam conhecimentos de navegação oceânica. Infelizmente, o
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| próprio povo e os militares impediram o processo, o que custou a morte de todos. Os colonos brasileiros,
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| sem contato com suas metrópoles, Fenícia e Egito, migraram pelos territórios americanos até fincarem
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| raízes no Peru, México e Bolívia. Após esse período, foram poucos os contatos do Brasil com o Velho
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| Mundo, ainda que contatos esporádicos acontecessem.
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| O mais famoso deles foi a visita do santo católico (e corpore da Cidade de Prata) Tomé, que pregou
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| os ensinamentos de Christus na África, incluindo a região de Guiné, aonde utilizou de uma embarcação para
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| rumar para o Nordeste. Duas a três décadas já haviam se passado desde a crucificação em Jerusalém e ele
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| já estava muito idoso, mesmo assim sobreviveu à viagem. Ele se tornou muito venerado entre os tupis, que
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| receberam os ensinamentos cristãos muito antes dos primeiros catequizadores portugueses chegarem, a
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| ponto desses últimos ouvirem muitas histórias sobre ele mesmo após muito tempo ter se passado. Algumas
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| placas de pedra, com seu pé impresso, foram encontradas em Alagoas e Piauí.
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| Eis que a partir do século IV, os árabes estiveram intimamente ligados com o Brasil. Com a queda
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| da livre navegação pelo Mar Mediterrâneo, devido à dominação romana e sua burocracia marítima, os povos
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| de tradição naval, como os fenícios, se voltaram para os mares da Arábia, carregando suas tradições e
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| conhecimentos antigos. Com o tempo, exploraram o litoral africano e asiático ao redor do oceano Índico até
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| partirem para o Atlântico, visitando até mesmo a América do Sul. Não houve extração das riquezas locais e
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| as viagens árabes não duraram muito, porém seus registros permaneceram com eles, a ponto que quase
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| mil anos depois, o europeu Marco Pólo ouviu diversos relatos de navegadores desses povos sobre dois
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| países, Catai e Sipanga, situados a oeste da África e leste da Ásia (uma prova que a Terra era redonda três
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| séculos antes de Galileu Galilei), exatamente no meio do caminho entre elas. Os dois eram a Amazônia e o
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| Nordeste, respectivamente.
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| Retornando um pouco no passado, ainda no Império Romano, era de conhecimento deles que
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| existiam terras do outro lado do oceano, como atesta o filosofo Sêneca em seus escritos. O conhecimento
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| virou lenda, no caso, a lenda da Insula Septem Civitatum, a Ilha dos Sete Povos (ou Cidades, na tradução
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| mais difundida). Ela se espalhou e sobreviveu por muito tempo, a ponto que na cidade do Porto, em Portugal
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| no século VIII, haviam vários navegadores com amplos conhecimentos a respeito dela. Durante as invasões
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| mouras, o arcebispo local saiu da cidade com cinco mil habitantes em direção à essas terras. Ao longo dos
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| dois séculos que se seguiram, muitos lusitanos seguiram o mesmo caminho, chegando em diversos pontos
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| da América Central e do Sul, antes mesmo dos nórdicos fundarem Vinland ou de Cabral pisar em Porto
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| Seguro.
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| Durante as Grandes Navegações, os marinheiros portugueses ainda possuíam as lendas e estavam
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| a procura dela, vez ou outra. Algumas vezes, até “encontrando”. Em 1473, Fernando Telles apresentou uma
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| boa quantidade de documentos, incluindo cartografias referentes ao litoral brasileiro, do Maranhão ao Ceará,
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| à corte real portuguesa, exigindo uma carta de doação, um título de propriedade, das terras. Apesar dela ter
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| sido concedida, ela não se referiu ao local como a Ilha das Sete Cidades, como exigia Telles. Este já tinha
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| visitado anos antes as Antilhas e o Nordeste brasileiro, gastando vários recursos, e não ficou contente com o
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| resultado. Ele utilizou sua influência para conseguir uma terceira carta, com o nome que desejava, três anos
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| depois. A exploração portuguesa do Brasil, no entanto, começou anos mais tarde, quando Fernando Telles
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| já estava morto. Em 1485, o rei português, junto com diversos outros comerciantes lusitanos, forneceu os
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| recursos necessários para viagens exploratórias de Fernando Ulmo, genro de Telles.
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| Um dos nomes mais importantes nesses eventos foi o do geógrafo florentino Toscanelli, que foi
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| consultado pelos matemáticos portugueses para determinar se seria possível entregar a carta de doação de
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| 1476 com base nos conhecimentos geográficos existentes. Na sua carta de resposta, ele enviou em anexo
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| um mapa contendo as Antilhas e Sipanga, além das Índias Orientais mais a oeste, afirmando que a Ilha das
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| Sete Cidades era uma das ilhas das Antilhas. Colombo faria sua viagem para a América Central quase vinte
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| anos depois, ganhando para si a fama de descobridor de um continente que muitos já haviam até mesmo
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| explorado. Mapas europeus com o nome Brasil (Badezir) já existiam, de fato, desde 1339, no mínimo. Um
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| mapa confeccionado em Lisboa, em 1502, a mando de um espião a serviço do duque de Ferrara, para este
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| obter mais informações cartográficas, era mais completo que os mapas de Telles, incluindo boa parte do
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| litoral nordestino e parte do Sudeste. Ele foi feito numa época em que a história registra apenas as viagens
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| de Cabral e Pinzón de europeus no Brasil.
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| [[Category:Brasil da Luz e das Trevas]] | |