Daimonomicon

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Daimonomicon é o conjunto dos principais livros do Sistema Daemon, constituindo a sua espinha dorsal: Anjos, Demônios, Spiritum, Trevas e Vampiros. Juntos eles estão para Daemon como a Torá está para a Tanakh, ou o Pentateuco para a Bíblia. Todos os três contando cinco livros.

Cinco é o algarismo que representa a estrela de 5 pontas, o pentagrama, a representação do Homem diante do universo. O pentagrama tem o significado de evolução, de liberdade, do sentimento de aventura que leva ao crescimento pessoal e do universo. A numerologia nos ensina que o número 5 representa também as viagens internas e externas, a versatilidade em pessoa. É um número de movimento, de velocidade, de agitação que acaba com qualquer estabilidade e limitação que venha pela frente. É um número transgressor, símbolo da evolução.

E isso explica em parte a força que todos esses livros têm e, em especial, a importância do Daimonomicon para o Sistema Daemon.

Etimologia

O nome Daimonomicon (δαίμωνόμικών "daímōnómikón") foi concebido por analogia ao Necronomicon, sendo a junção de três palavras do grego antigo: δαίμων (daímōn), νόμος (nómos) e εικών (eikón).

"Daímōn" em grego, ou "daemon" em latim, eram divindades menores, espíritos ou forças da natureza. Para os gregos helenísticos eram espíritos protetores ou divindades tutelares. Na Apologia de Sócrates, escrita por Platão, Sócrates afirmava ter um daimonion (traduzido literalmente como "algo divino") que frequentemente o advertia — na forma de uma "voz" — contra erros, mas nunca lhe dizia o que fazer. Os gregos helenísticos dividiram os "demônios" em duas categorias, os bons e os maus: agathodaímōn (ἀγαθοδαίμων "espírito nobre", de agathós ἀγαθός "bom, bravo, nobre, moral, sortudo, útil") e kakodaímōn (κακοδαίμων "espírito malevolente", de kakós κακός "mau"). Eles se assemelhavam ao "jinni" dos árabes e ao "gênio" que, entre os romanos, acompanhava e protegia uma pessoa ou presidia um lugar (genius loci). E, em seus humildes esforços para ajudar a mediar a boa e a má sorte da vida humana, também se assemelhavam ao anjo da guarda cristão e ao demônio adversário, respectivamente. O que acabou por impregnar o conceito com uma negatividade que ele não possuía originalmente.

Daemon, como entendido no Sistema Daemon, são esses demônios gregos: alguns bons, outros maus, que nos rodeiam e nos assombram. Nome escolhido para fazer referência ao gênero de histórias de RPG as quais o Sistema Daemon se propõe a narrar: sobre o mundo oculto, feitiçaria, anjos, demônios, fantasmas, magos, vampiros, criaturas sobrenaturais extraordinárias, histórias contadas ao redor de uma fogueira e que às vezes nos fazem perder o sono.

"Nómos" em grego, significa lei (ou regra), jurisdição (local onde vigora uma lei) e, por conseguinte, um distrito ou província. As 42 províncias do Antigo Egito eram chamadas em hieróglifo de sepate (sepat), e foram traduzidas em grego como "nomos". Num sentido amplo, nómos é um sistema jurídico, porque sistema é um conjunto de elementos interligados sobre um mesmo assunto. Ou seja, um apanhado de regras.

Por curiosidade, Nomos também era o daemon das leis, estatutos e normas. Nomos era casado com Eusébia, daemon da piedade, e juntos deram à luz a filha Diceosine, daemon da justiça natural. Traduzindo: a lei quando aplicada com piedade faz nascer a justiça.

"Eikón" em grego, significa ícone (sacro), imagem, ilustração, desenho, tablatura (partitura). Num sentido amplo, pode significar "escrita", porque a escrita não é nada além de desenhos sobre papel. Embora, para os antigos, era também sagrada, como os hieróglifos egípcios: "glifos sagrados".

Um conjunto de escritos é um livro. Um livro (eikón) de regras (nómos) é um manual. Então Daimonomicon pode ser traduzido como Manual do Sistema Daemon.