Mítica - Daemon

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A série Mítica que é baseada no mundo oriental e não somente no Japão como ocorre em alguns RPGs orientais, mas também na Índia e na China. O primeiro livro, Mítica: Caminhos do Oriente foi publicado em 2004 e tinha autoria de George Bonfim, que atualmente mestra para a RPGA e do sumido Fernando Castilho, que após a publicação do primeiro livro não o vi mais. Este livro trazia a descrição do mundo de Lieh com os reinos de o reino de Hanvídia (inspirado na Índia Clássica), o reino de Xien Liang (inspirado na China Imperial, o reino de Mohat (inspirado no Tibet) e o reino de Ryuujin, inspirado no Japão Medieval, e novas Raças, Classes e Classes de Prestígio do cenário, sendo considerado o livro básico. O segundo livro, Mítica: Sombras do Oriente, escrito por Newton “Nitro” Júnior que atualmente escreve para seu blog Nitro Dungeon. Este livro aborda os monstros, vilões e sociedades malignas do cenário. O último livro, Mítica: Desbravando o Oriente de autoria de George Bonfim e Victor “Wyktor” Caminha que está sumido a um tempo também. Esse livro descreve as entidades divinas e as religiões de Lieh. Além desse material todo, há também uma aventura na revista D20 Saga #05 e um suplemento online com a Cosmologia, baseado no Manual dos Planos.

Em 2007, a Editora Viu que publicava os livros teve seu fim e tornou-se estúdio. O cenário foi adaptado e lançado pela editora Daemon e teve como autores Valberto Filho, autor do blog Lote do Betão, a antiga dona da editora, Gabriela Viu e o ilustrador Marco Morte. Além disso, houve material deste cenário incluso nos dois módulos básicos do RPGQuest (Módulo Básico e Manual dos Monstros). O livro se aproveita principalmente de ilustrações antigas, mas ainda assim tem novas, como a capa feita por Alexandre Bar. Mas não tem exceção: todas as quatro capas dos livros do Mítica são bonitas, mas fica a dúvida se o personagem retratado pelo Bar é o mesmo das primeiras edições do Mítica.

O livro, em sua contra-capa cita que é formado pelo conteúdo das três edições, mas isso não chega a ser verdade visto que ele é composto do conteúdo do primeiro livro principalmente, nada do segundo e alguns materiais do terceiro que são citados nos créditos como “textos adicionais”. Além disso, o livro também anuncia que no livro há monstros, mas estes não estão no livro.

Ele começa com a história da criação do mundo e um resumo de como ele se encontra atualmente, aqui ocorre um problema com os títulos em relação ao Mítica: Caminhos do Oriente, onde aparecem os títulos enormes na verdade são partes de um capítulo introdutório. Continuando o texto, a descrição dos conceitos básicos para o jogo de RPG, o funcionamento da criação de personagens com o famoso questionário Daemon e duas opções de jogo: o Realista (101 pontos de personagem, 5 pontos de Aprimoramento e limite de 500 pontos de Perícia) e o Fantasia (111 pontos de personagem, 6 pontos de Aprimoramento e limite de 500 pontos de Perícia) e os Atributos, da mesma forma que os outros jogos da Daemon.

Na seção de Raças, temos as derivadas dos Humanos: Kojins, baseadas no povo japonês; Xiens, chineses; Mohates, tibetanos e Handis, os indianos. Essas Raças ganham como benefício pequenos bônus em algumas Perícias. Logo depois temos as Raças não-Humanas: Nekos, o povo-gato Vedaan, os Elfos de Lieh; Meio-Vedaans, os Meio-Elfos de Lieh; Kenkus, humanoides alados; Tokages, o povo-lagarto; laokin, o povo-coelho e Nagas, humanóides com cauda de cobra no lugar dos pés. Cada uma dessas raças possui pequenos poderes como Visão na penumbra, além de bônus e redução nos Atributos.

O capítulo de Kits está dividido em dois: Kits e Classes de Prestígio, a diferença entre eles é que o Kit deve ser adquirido no primeiro nível enquanto a Classe de Prestígio tem de ser adquirida com o tempo preenchendo certos pré-requisitos. Em ambos os casos, você deve gastar pontos de aprimoramento para ganhar estes benefícios, o que deixa qualquer Kit/CdP muito caro. No normal do sistema Daemon esses benefícios dos Kits são adquiridos conforme o nível e de graça.

Os Kits disponíveis são: Astrólogo, aquele que consulta os astros e pode ter até 5 signos (baseado no horóscopo chinês) como poder; o Haikan, um bardo oriental que faz uso de poesias; Mahavir, um clérigo handi que pode cultuar a criação, a destruição ou a preservação; Mandarim, um Mago que faz uso de um pó mágico derivado de itens mágicos; Ninja, mercenários com um próprio código de honra; Kuniochi, variação da classe Ninja na qual somente mulheres podem ser, especialista em magias e disfarces; Lin Kuei, outra subclasse de Ninja que faz uso de insetos para entrarem em residências sem serem notados; Nobre, nascidos em famílias ricas que são excelentes em ouvir rumores e por fim, o Samurai, os guerreiros orientais.

Em relação às Classes de Prestígio, que bem que poderiam se chamar de Kits de Prestígio temos: Arqueiro Celestial, especializados em manejar o Garuda, um arco longo mágico; Atirador Xien, soldados de elite que fazem uso de um mosquetes; Burocrata Celestial, que trabalham com os deuses, podendo ter inclusive aliados extra-planares e com exigências lá em cima; Gurka, guerreiros handi nacionalistas; Lanceiro, um guerreiro que faz melhor uso de lança que qualquer outro; Mestre Wu Wei, um Mago que pode misturar magias; Monge do Tigre Branco, que buscam a fera primoridal dentro de si e o Shinobi da Estrela das Sombras, especialista em se esconder nas sombras.

Na seção de Aprimoramentos e Aprimoramentos Negativos há muitas novidades, a maioria vinda dos livros D20 como Ataque Poderoso que, reduzindo 10% da Perícia de Ataque aumenta +1 no dano e Foco em Arma que dá um bônus de 10% a mais quando a arma é usada, assim como alguns em específico do cenário, também advindos da versão D20 como Presa Peçonhenta que são exclusivas para Nagas e Intimidação do Olhar para Samurais. A lista de Perícia tem alguns acréscimos como várias artes marciais e armas brancas. Há também as tradicionais regras pra Pontos Heróicos.

O capítulo de Magias é um pouco diferente do sistema tradicional da editora, ainda mantém o sistema de Magias de improviso e os Verbos (Criar, Controlar, Entender) mas os Substantivos (ou Caminhos elementais) são diferentes, agora são Madeira, Água, Fogo, Metal e Terra cuja origem vem do Wu Xing> que relaciona-se também ao feng-shui e ao i-ching. Cada um dos elementos supera outro, controla outro e limita a influência de um terceiro. Cada elemento é mais efetivo em uma estação do ano, relacionando-se com o equilíbrio (ou o yin-yang).

A seguir, a tabela de equipamentos que também possui falhas, visto que esta só possui armas, nada de bens de consumo pessoal, escudos, armaduras ou coisas do tipo, somente armas. Há também uma tabela com o dano, preço, peso e comprimento da arma, também não há a explicação de como funciona o dinheiro em Lieh, em lugar nenhum. O livro, logo após a isto continua com os capítulos tradicionais: regras e testes e experiência.

Ao final do livro, a descrição do panteão de Lieh relacionando os deuses conforme a região. Falando em regiões, a seguir vem a descrição dos três reinos com os respectivos governadores e generais e as regiões devidamente mapeadas.Fechando o livro, a aventura “Inverno de Sangue” que serve de introdução ao cenário passada entre Xiang Liang e Mohat e relacionando-se aos conflitos entre essas nações.

O livro, ao fim, não cumpre com as expectativas, fica devendo muitas coisas prometidas (como os monstros, que sairiam em um novo livro, até agora não lançado e o material do Sombras no Oriente). Outro problema já mencionado é em relação aos custos, que fazem às vezes que você complete o 10º nível (limite-padrão da Daemon) e não usufrua todos os benefícios de tê-la obtido.